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Senac Sergipe qualifica novos cuidadores de idosos


Senac Sergipe qualifica novos cuidadores de idosos

Cuidar da higiene, conforto e alimentação de pessoas da terceira idade, zelar pela integridade física, prestar primeiros socorros e promover entretenimento: essas são as atribuições de um cuidador de idosos. Com o aumento da expectativa de vida no país e o crescimento do número de pessoas na melhor idade, disparou, também, a procura por esses acompanhantes.

Em razão dessa crescente demanda, o Senac tem aberto turmas do curso de Cuidador de Idosos em Sergipe, e, apenas em dezembro do ano passado, entregou ao mercado de trabalho dezesseis novos profissionais qualificados nessa atividade. A turma foi fruto da parceria entre o Senac e a prefeitura municipal de Nossa Senhora do Socorro e as aulas ocorreram em uma escola do município.

A instrutora Rosalin

A instrutora Rosalin Santana Barreto explica que o curso, com duração de 40 dias letivos, desmistifica a figura do cuidador. “Na etapa teórica, os alunos estudam a postura do profissional, o comportamento adequado na casa do idoso, o respeito, a cordialidade, a qualidade da assistência prestada. Eles estudam a gerontologia, que é a anatomia do envelhecimento, além da nutrição do idoso para casos de hipertensão, diabetes e restrições alimentares. Ainda na parte teórica, a gente aborda os direitos e cidadania dos idosos, primeiros socorros, dentre outros assuntos. O curso é importante para aprofundar conhecimentos e desmistificar a figura do cuidador, que não apenas quem dá banho, comida e remédio, é uma atividade muito mais abrangente”, explicou.

Na prática, que acontece nos últimos oito dias do curso, os alunos fizeram treinamentos em sala de aula, um auxiliando o outro. A etapa final aconteceu no Asilo Rio Branco, em Aracaju, onde os estudantes testaram seus conhecimentos e habilidades no contato direto com os idosos atendidos pela instituição.

Amor pelos idosos

Sônia desenvolve a etapa prática do curso

Esse contato com os idosos não é novidade para Sônia Almeida de Souza, que já atua na profissão de maneira informal. Sônia conta que, para ajudar uma pessoa conhecida, topou ser a cuidadora de uma idosa de 78 anos, atividade que realiza diariamente. “A experiência de cuidar de uma idosa me fez perceber o quanto eu amo o que faço e que é isso que eu vou continuar fazendo. Por isso procurei o Senac: queria me especializar na área, pegar o meu diploma para ter prioridade no mercado e cobrar um valor justo pelo serviço”, disse a cuidadora.

Isabel Cristina Dória já transitava pela área da saúde como técnica em enfermagem, mas decidiu se tornar cuidadora por amor aos velhinhos. “São pessoas que já passaram por muita coisa, que criaram filhos e netos, já trabalharam muito, e que precisam de alguém que os acompanhe nessa etapa da vida. Eu sempre tive amor e carinho pelos idosos e, como já atuava na área da saúde, decidi me especializar nessa atividade. O curso me fez descobrir um universo surpreendente, muito maior do que eu imaginava”, declarou Isabel.

Em família

Parte da turma de cuidador de idosos

As dependências do Asilo Rio Branco não são desconhecidas para Valéria Alves dos Santos. Ela frequenta a instituição filantrópica desde os 12 anos de idade, acompanhando a mãe e a tia que eram funcionárias do local. Trabalhar lá foi um passo natural para Valéria. “Entrei no Asilo Rio Branco como auxiliar de serviços gerais, até que surgiu a vaga de cuidadora e eu aceitei. Era algo que eu já via minha mãe e minha tia fazendo, então não foi estranho para mim. Me identifiquei e hoje posso dizer que amo o que faço. Fiz o curso do Senac para me especializar na área que eu quero seguir”, declarou.

Para Valéria, o diferencial de um bom cuidador é o amor pelos mais velhos. “Não é uma profissão para quem busca só ganhar dinheiro. É preciso ter amor aos idosos, respeito, carinho, trata-los como se fossem da nossa família, pois é isso que nós acabamos virando para eles”, disse a cuidadora.

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